A pele, considerada o maior órgão do corpo humano, exerce um importante papel mediador entre o organismo e o meio externo, mas quando exposta a um ambiente agressivo, sofrerá modificações que colocam em risco a saúde do indivíduo. A incidência de melanoma, tipo mais agressivo e maligno do câncer de pele, aumentou significativamente nas últimas décadas. Mesmo levando-se em conta a constante advertência através de meios de comunicação e literaturas especializadas, o perigo que a exposição à irradiação solar representa a nossa saúde ainda não é reconhecido como medida preventiva prioritária no combate ao câncer de pele. No Brasil, segundo dados obtidos por meio das campanhas de prevenção do câncer de pele da SBD, estima-se que 76% dos homens e 62% das mulheres se expõem ao sol sem nenhuma proteção (GONTIJO et al., 2009).

 

Apesar de o Sol ser essencial para a vida, os seus raios trazem prejuízos à pele do ser humano, causando males ao organismo pela falta de cuidados nas doses de irradiação solar recebida. (DAVOLOS;FLOR, 2007). A vaidade e a atração das pessoas em busca do bronzeamento, ou a negligência da maioria no uso de protetores solares são os principais responsáveis pela grande incidência de doenças da pele. Diversos fatores ambientais, entre eles, a redução na camada de ozônio tem levado a um aumento da radiação solar na superfície da terra, o que tem provocado maior incidência de queimaduras, e conseqüentemente, do câncer de pele.

 

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a incidência do câncer de pele aumentou significativamente nas últimas décadas, correspondendo a um problema de saúde pública em diversos países. Por isso, reitera-se a importância dos cuidados e proteção da pele. O Instituto Nacional de Câncer (INCA), estimou para o ano de 2008 115 mil novos casos de câncer de pele não melanoma, sendo o Distrito Federal responsável por 930 deles (CASTILHO el al., 2010).

 

Um dos aliados nesse combate é o hábito de uso dos protetores solares. Através de medidas de prevenção, a simples mudança comportamental para o uso de bloqueadores pode prevenir o risco do câncer de pele.

 

A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que todas as medidas de proteção solar sejam adotadas na exposição solar, entre elas o uso do protetor solar que deve ser reaplicado a cada duas horas de exposição e deve possuir um Fator de Proteção Solar (FPS) de, no mínimo, 15.

 

A importância da proteção contra a radiação solar é cada vez mais evidente e o desenvolvimento de novos produtos, aliado ao acesso é apenas uma maneira de aumentar a utilização de fotoprotetores. As campanhas educacionais devem incentivar o hábito de fotoproteção desde a infância e difundir a utilização correta dos protetores é papel dos educadores, estudantes e de todos os profissionais de ensino e serviço em saúde.